Psicoterapia Online para imigrantes – Superando desafios e Promovendo Bem-estar.

Imigrar é uma experiência que oferece inúmeras possibilidades, sejam elas de crescimento pessoal/profissional, desenvolvimento cultural ou de aquisição de habilidades. Contudo, essa mudança também pode apresentar desafios significativos para a saúde mental e bem-estar psicológico das pessoas.

Nem todas as pessoas experienciam as mesmas situações, níveis de estresse e de desafios psicológicos ao morar no exterior, e desta forma, podemos destacar que a síndrome do choque cultural (caracterizada por sentimentos de isolamento, ansiedade, saudades de casa e frustração diante das diferenças culturais) é uma das situações que mais pode aumentar a vulnerabilidade a problemas de saúde mental.

Como fatores protetores, podemos citar, uma rede de apoio social, habilidades de enfrentamento eficazes e atitude de abertura à nova cultura, que podem auxiliar a reduzir os efeitos negativos da imigração.

A psicologia desempenha um importante papel no apoio à indivíduos que vivem no exterior. Profissionais de saúde mental podem ajudar os expatriados a desenvolver habilidades de enfrentamento, identificar fontes de ansiedade e estresse, fornecer estratégias para lidar com o problema do choque cultural (Lazarus & Folkman, 1984), além de auxiliar na construção de resiliência emocional, promover a autoestima e autoeficácia, bem como melhorar a comunicação em contextos culturais diversos (Sawrikar & Martin, 2016).

Muitos expatriados podem enfrentar dificuldades adicionais por conta de barreira linguística e acesso limitado à serviços de saúde mental. Isto posto, podemos citar a Psicoterapia online como opção viável e conveniente para pessoas que moram no exterior, sobretudo pensando na crescente disponibilidade de tecnologias e ferramentas, na independência de barreiras geográficas e flexibilidade no atendimento.

Espera-se que nesse contexto, o paciente tenha um ambiente facilitador e de acolhimento, possa tirar suas dúvidas, trazer seus medos e anseios e possa desenvolver-se de forma satisfatória.

Referências:

1. Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, and coping. Springer Publishing Company.

2. Sawrikar, P., & Martin, G. (2016). Barriers to mental health help-seeking amongst refugee adolescents. Advances in Mental Health, 7(2), 125-134.